Crítica sobre o filme "Minions":

Rubens Ewald Filho
Minions Por Rubens Ewald Filho
| Data: 24/06/2015

Só dia 10 de julho é que vai estrear nos EUA este novo filme de animação da mesma equipe que fez os inesperados sucesso de Meu Malvado Favorito I e II (Despicable Me). Na verdade é um prólogo (prequel), que se passa em Nova York e na chamada Swinging London dos anos 60- 70, mais precisamente 1968, quando era o auge da minisaia, os Beatles, a revolução na moda e nos costumes. E onde esta a vilã da história, cuja voz no original é de Sandra Bullock (importante porque os personagens são desenhados em cima das características da dona da voz!). Ela faz Scarlet Overkill. As vozes nacionais são do casal Adriana Esteves e Vladimir Brichta. Os Minions vocês conhecem são aqueles organismos unicelulares amarelos, que roubaram os filmes anteriores e se tornaram os favoritos das crianças. O filme começa de uma maneira encantadora, com o logotipo da Universal e os heróis entoando a musica do estúdio! Depois sempre com um narrador, mostra a evolução deles ao longo do tempo, quando surgiram do mar, sempre servindo aos piores vilões do planeta, do T-Rex a Napoleão e, após várias parcerias mal sucedidas Kevin, Stuart e Bob saem em busca de um novo mestre para servir. Em Londres, acabam por encontrar uma Lider em potencial: a supervilã Scarlet Overkill que deseja roubar as joias da Coroa, da Rainha Elizabeth! Mais precisamente a própria Coroa. E acho que pela primeira vez a própria Rainha acaba sendo retratada e participa da confusão.

Curiosamente os dois filmes anteriores tiveram um orçamento relativamente baixo para animação (cerca de 78 milhões de dólares cada) e renderam no mundo todo cerca de 970 milhões! O narrador no original era o australiano Geoffrey Rush, a trilha musical aqui assinada por um brasileiro, Heitor Pereira, que andou pelo Simply Red e que também esteve nos filmes anteriores e muitas outras coisas, o homem por sinal boa pinta, é fera. Fez ainda Se eu Ficar, Smurfs 2, e os próximos The Jesuit e The Moon and the Sun. Foi ajudado por Pharrell Williams, já que a trilha está repleta de canções dos anos 60 dos Rolling Stones, The Doors, The Turtles, The Kinks e Mellow Yellow de Donovan (este em versão nacional). Destaque para as cenas de fundo em externas da cidade que tem um raro fotorrealismo embora haja poucos momentos onde faz diferença ter 3D. O diretor Kyle Balda fez um único longa antes que foi simpático mas não bem sucedido, Lorax (12). E seu parceiro Coffin que também é ator foi quem veio dos 2 malvados anteriores. O roteiro desta vez é de outro, agora assinado por Brian Lynch de Gato de Botas.

Infelizmente o filme acaba não sendo tão divertido quanto se esperava, ele tem uma “barriga” no meio, para tomar fôlego novamente só no final e nos letreiros de créditos. Deve ser difícil fazer humor com figuras tão exóticas e redondas, que falam uma língua estranha (de vez em quando se entende algo) e o jeito é apelar para correrias e explosões. Felizmente eles também conseguem um final bem bolado, que não vou revelar. Mas confirma o que se sente, que os Minions ficam melhor acompanhados.

De qualquer forma, as lojas de brinquedos estão repletas de bonecos e diferentes variações dos personagens. Isso já demonstra que o filme é irresistível para crianças.