De todos os filmes indicados ao Oscar® deste ano que já assisti este é o certamente o meu favorito, o que mais me tocou, me fez participar, emocionar. E olha que não sou músico, muito menos baterista. Mas este filme Independente relativamente modesto, começou sua carreira primeiro como um curta-metragem (o garoto era outro Paul Dietz, mas Simmons já estava). Gostaram tanto dele que resolveram o estender para longa, rodando em apenas 19 dias (foi indicado ao Globo de Ouro para ator coadjuvante J.K. Simmons, mas merecia mais).
É importante notar que em Sundance ele ganhou o prêmio do público e Grande Premio do Júri e teve indicações inúmeras. Acho mesmo que o show do ator tendo pela primeira vez na vida um papel desse tamanho e importância, acaba prejudicando o resto da história. Andrew (Milles Teller, de Divergente, que além de ter tomado aulas de bateria também a estuda há alguns anos) tem 19 anos e consegue entrar numa faculdade que seria das melhores o fictício Shaffer Conservatory em Manhattan onde quer estudar sob as ordens de um professor famoso por suas intransigências Terence Fletcher, que pressiona seus alunos ate o limite.
Fletcher o chama para tentar tocar na banda de jazz da escola e começa aí o duelo. O carrasco e a vitima, um dos problemas é que existe sempre a lenda de que ser durão vem a trazer a consequente grandeza (o professor Jo Jones teria jogado um címbalo na cabeça de Charlie Parks que o teria levado ao êxito lendário!). E Andrew por diversas vezes tira sangue de suas mãos na tentativa de tentar chegar ao que o mestre lhe pede. Paul Reiser (Mad about You) retorna o cinema depois de longa ausência fazendo o pai de Andrew, que é seu parceiro de ir ao cinema e bate papo.
Haveria mais o que louvar no filme, mas certamente seu elemento mais importante e arrebatador é sua própria trilha musical. Claro que os atores estão ótimos, a direção é incrível, mas é a musica que realmente nos conquista e torna o filme excepcional. De qualquer forma, procurem no IMDB o nome de J.K. Simmons, que com certeza o conhecem de outros filmes (Homem Aranha, a série Closer/ Divisão Criminal, Juno, Homens Mulheres e Filhos) embora tenha feito muita dublagem para animação. A cena do tapa quem quiser saber, foi a principio falseada. Mas na última tomada, o tapa foi para valer.