Crítica sobre o filme "Aventuras de M. Hulot no Tráfego Louco, As":

Rubens Ewald Filho
Aventuras de M. Hulot no Tráfego Louco, As Por Rubens Ewald Filho
| Data: 13/11/1993

Há muito que não se por aqui esta comédia do mestre Tati, reutilizando o personagem de Monsieur Hulot que ele usou em As Férias do Sr. Hulot (53), Meu Tio (56), Playtime (68) e este (ele fez um último em vídeo, Parade em 74, meio precário que ficou inédito aqui, antes da morte, falido, em 82). Hulot não é o agente provocador das gags, ele é observador, sem interferir. Aqui ele trabalha na fabrica Altraque deve apresentar seu último modelo, um carro para fazer camping, com inúmeras novidades, isso no Salão do Automóvel em Amsterdam. Há vários incidentes na viagem até lá. O filme mostra Hulot viajando pelo interior, intercalado de poesia (às vezes é preciso ver o filme uma segunda vez para perceber piadas que acontecem paralelamente). Uma sátira a paixão do homem pelo carro (mas funciona melhor para quem já conhece o estilo anti-americano de Tati, ou seja, aonde as gags são construídas mais meticulosamente, jogando com a expectativa do público.