O diretor texano/mexicano Robert Rodriguez é um cara teimoso e por produzir, realizar e finalizar seus filmes num pequeno estúdio que tem em sua casa, acha que tem liberdade para tudo, mesmo fazer o horripilento Machette 2 e agora a coragem de realizar (co-dirigir melhor explicando) esta continuação do equivoco que foi Sin City: a Cidade do Pecado (2005), que ele preparou como presente para o criador de quadrinhos Frank Miller estrear no cinema em parceria com ele (isso lhe custou caro porque Rodriguez teve que pedir demissão do Sindicato dos Diretores que não permitia esse tipo de dupla). Miller é celebre no mundo dos quadrinhos por ter desenhado Daredevil, Electra, um Wolverine, Ronin, 300, Batman o Cavaleiro das Trevas etc.
Um curriculum revolucionário no gênero e de enorme influência, mas que quando foi transposto para a tela apenas serviu para demonstrar que quadrinhos e filmes, apesar de parecerem usar as mesmas técnicas de narração são duas coisas diferentes. E o primeiro Sin City, embora trazendo um elenco de estrelas (quase todas voltaram aqui) e o visual atraente e interessante, não fez o sucesso esperado. Intrigados insistiram em fazer a continuação, mas diminuindo as perversidades visuais e o excesso de violência. E o segundo Sin City, se tornou outro fracasso ao que parece ainda pior, rendendo apenas 9 milhões e duzentos na primeira semana.
Então, sem a brutalidade do original, o filme continua insistir em mostrar a narrativa em preto e branco, com pequenos detalhes coloridos apenas, cheio de frases pseudo poéticas do gênero film noir, sobre a fragilidade da vida e da morte, a maldade das mulheres fatais e assim por diante. Os atores quase todos estão super maquiados e irreconhecíveis (Mickey Rourke e Josh Brolin em particular) e as únicas figuras que resistem são as mulheres, Jessica Alba, Rosario Dawson e principalmente a francesa Eva Green, que justamente por ser europeia não tem puder de se exibirem nuas (e a melhor coisa do filme!).