Crítica sobre o filme "Era uma Vez em Nova York":

Rubens Ewald Filho
Era uma Vez em Nova York Por Rubens Ewald Filho
| Data: 11/09/2014

Chega nova prova de que Marion Cotillard é atualmente a grande atriz e beleza do cinema europeu, com ocasionais e bem sucedidas experiências em filmes americanos. Como é este curioso caso. De um diretor americano que escreveu um personagem e um roteiro especialmente para ela que lhe valeu pelo menos elogios em Cannes , Newport e outros lugares. O curioso de Gray é que seus filmes vão bem na Europa, em especial na França, onde são celebrados pelos críticos (ao contrario dos EUA, onde são ignorados. Mas todos tem sido interessantes: Fuga para Odessa, 94, Caminho sem Volta, 2000, Os Donos da Noite, 07 e o melhor deles ate agora, Amantes, 08, uma comédia romântica amarga  com Joaquin Phoenix e Gwyneth Paltrow.

Novamente se confirma Phoenix como um dos grandes atores do momento, no que é basicamente um antiquado romance à moda antiga, denunciando os problemas da Imigração européia para a America, feito de maneira quase clássica, acadêmica, com trilha musical do mesmo que fez para eles os trabalhos anteriores (Christopher Spelman), recriação requintada de época, fotografia do iraniano que fez Meia Noite em Paris com ele para Woody Allen e um papel para a beleza doce e triste de Marion. Sucede em 1921, quando duas irmãs estão chegando como imigrantes à famosa Ellis Island. Mas tem a má sorte de que sua irmã sofre de tuberculose e fica bloqueada lá e logo ela é convocada para ser prostituta, ou vedetinha de patéticos shows de revista. Quem diz que a ajuda é justamente esse malandro Bruno Weiss (Phoenix) que ela odeia. Prefere um outro malandro que ao menos a engana melhor, um mágico Orlando ou Emil (Jeremy Renner, melhor do que costume).

Ou seja, tudo já foi  visto de alguma outra forma antes, e antiquado, só qualificada mesmo pelo trio central, que se defende bem. Talvez o público feminino o aceite melhor (rendeu por lá um máximo de 2 milhões de dólares).