Esta é uma daquelas produções independentes, realizada por um diretor israelense (de família russa) que consegue reunir um grupo astros de Hollywood, que já passaram seu apogeu e estão na faixa perigosa dos 60 anos! Mesmo que hoje em dia esse tipo de filme já tenha os que o consomem, este foi muito mal de bilheteria nos EUA, renda de 309 mil para 4 milhões de produção! Realmente só o público feminino de meia idade irá aderir ao filme já que tem uma história esquisita, que fica em meio termo e por vezes nem faz sentido!
A verdade é que é um prazer rever Annette Bening, já madura, sem deformações de plástica, sempre interessante, mesmo que não tenham tomado a decisão certa. Já que é uma história de amor podiam muito bem optar por uma maior fantasia e romance. E não se prender a certos detalhes difíceis de perdoar. Annette vive muito feliz em Los Angeles com o marido Ed Harris que tem a infelicidade de morrer inesperadamente afogado. Leva alguns anos para se ajustar com a perda, quando ele esbarra num museu com um sósia perfeito dele, um doppeldanger, de quem vai atrás com a desculpa de que seja ter aulas de arte (o marido também tinha gosto semelhante). Qualquer pessoa mais experiente com o próprio cinema- porque este é o tipo de história que só sucede na tela, nunca na vida real (!), resolveria tudo com uma conversa geral (que teria que incluir a única filha já adulta). E daí? Por que não poderiam ter um caso romântico? Eddie Harris faz o que lhe deixam com um papel duplo mas o roteiro vai ficando cada vez mais absurdo prejudicado por participação pequena de Robin Williams (como o vizinho que gosta de usar a piscina da casa deles, totalmente desperdiçado) e um final que me deu a sensação já visto (dejá vu). Logicamente porque é derivativo e até absurdo. Uma pena porque ao menos tive certo prazer em reencontrar Annette.