Este é o mais recente trabalho do já veterano crítico e cineasta Tavernier (Por Volta da Meia Noite), que desta vez procura satirizar o governo Francês (e quem quase esteve no Brasil para promover o filme foi Julie Gayet, que faz o papel secundário de Valérie. O negócio é que ela ficou famosa porque correu o boato, há duvidas se verdadeiro, de que ela estaria de romance com o atual presidente da França!).
Não gosto do titulo do filme que da ideia de romance e princesas quando se refere realmente ao Palácio do Governo, no caso foi de fato rodado no Palácio do Quay D´Orsay, o Ministério das Relações Exteriores, o que mostra liberalismo porque pretende ser uma sátira aos diplomatas que costumam administrar esse tipo Itamaraty deles!
Na verdade, o filme brinca com a figura de um certo Alexandre Taillars de Vorms que é um típico político, que vomita regras, fala muita besteira e realiza muito pouco. A narrativa é contada através de um novo funcionário do lugar, que consegue o emprego, um certo Arthur (Personnaz, um sujeito inexpressivo que esteve em Forças Especiais, Anna Karenina, e interpreta o galã Marius na nova trilogia marselhesa de Marcel Pagnol). Como o moço é sem graça, também o personagem é um mero observador, que pula de galho em galho, sendo jogado pelo vento do acaso nas mãos do veterano político (feito pelo também veterano Thierry Lhermitte, que tem seus momentos).
Sendo bem claro: o filme interessa 1) a quem trabalha em política e ministérios e secretarias porque irá reconhecer hábitos, pessoas e costumes; 2) quem especificamente é do ramo diplomático; 3) que tem contato próximo com políticos porque são todos iguais . Mas já vou avisando que é apenas uma brincadeira, zombando deles, mas sem tocar em qualquer ferida e que fica sem dizer coisa alguma de importante.