Crítica sobre o filme "Como Treinar Seu Dragão 2":

Rubens Ewald Filho
Como Treinar Seu Dragão 2 Por Rubens Ewald Filho
| Data: 20/06/2014

Convidado a participar hors-concours do recente Festival de Cannes, comemorando os vinte anos de animação da produtora Dreamworks, esta continuação do sucesso de 2010 (que chegou a ser finalista do Oscar®) tem pretensiosamente já outra continuação prevista para 2016, ou seja já em andamento. Não assistimos a versão original com os atores famosos mas mesmo assim da para reconhecer que é mais e melhor do que o capitulo 1. Mais bonito,mais bem produzido, tecnicamente espetacular, rigorosamente animado. Tem mais dragões (em pencas e fartamente coloridos), impecável direção de cenas de voos rasantes e lutas aéreas, comprovando a capacidade do diretor Dean DeBlois (o primeiro ele fez com a ajuda também de Chris Sanders, aqui sozinho, não posso dizer que consiga diferenciar sua ausência). A única coisa que lamento é que mais volume, mais ação, mais aventura, nem sempre som melhor filme.  Chamem-me de chato mas eu ainda preferia a surpresa de descobrir o mais modesto primogênito.

Mas vivemos épocas de excessos e imagino que será novo sucesso.  Não para abalar Disney e seu Frozen (que é endereçado para meninas, mais consumidoras de brinquedos e mais fieis do que os garotos que seriam o alvo desta aventura). De qualquer forma, da até uma certa inveja observar a qualidade desta animação se formos comparamos com os pangarés (não Disney) de nossa infância. A historia é retomada  cinco anos depois de onde parou. Ao norte da Ilha de Berk, o jovem Viking Hiccup (Soluço) e seu amigo Sem Dente, uniram dragões e vikings Enquanto está todo mundo preocupado participando de corridas de dragões, o novo esporte favorito do lugar, Soluço e a namoradinha Astrid viajam mais longe do que costume chegando a um território desconhecido. E vão ate uma caverna secreta de gelo hospeda centenas de dragões selvagens que são controlados pelo misterioso Dragon Rider que usa mercenários para reunir ainda mais combatentes. Preocupados em avisar sua cidade do perigo eminente, eles tem a sorte de esbarrar também numa grande figura que passou desaparecida, a mãe Soluço, uma mulher muito forte chamada Valka.

Daí em diante não há muito mais o que comentar. Ação, aventura, lutas, brigas, efeitos, até a exaustão. Tudo o que hoje o gênero parece pedir e o mercado exige.