Crítica sobre o filme "Namoro ou Liberdade":

Rubens Ewald Filho
Namoro ou Liberdade Por Rubens Ewald Filho
| Data: 20/03/2014

Zac Efron aparece como um dos 15 produtores desta comédia que não deu certo, foi rejeitada pelo público alvo, que seria o masculino. Embora tenha custado  barato (não mais que 8 milhões), já se pagou, chegando aos 25 milhões de dólares. Eu inclusive tinha uma teoria de que é errado trazer Zac como astro de um filme para meninos, sua única atração é para o público feminino (e nos últimos anos não para de trabalhar sem dar qualquer sinal de maior talento). Ele não interpreta, ele posa, se exibe, esta sempre com cara de se achar uma beleza e nunca tem qualquer momento de humanidade. Olha que tenho tido paciência e assisti tudo que fez e já teve as oportunidades de provar que era bom. Pois é, bonitinho mas ordinário.

Isso fica mais claro do que nunca aqui num filme que não é o suficiente chanchada para os rapazes (embora tenha piada de banheiro ou excitante sexual) e não tem romance o suficiente para as mulheres. Até porque vem justamente questionar essa questão que parece ser tão importante. Quando chegou a hora de se comprometer, se unir a uma mulher.

São dois amigos: Jason (Efron) e Daniel (Teller, um rapaz com cara de gente normal, mas que esteve muito bem no romântico The Spectacular Now e meio abobado e pelado em Finalmente 18. Esperava-se muito de Divergente com ele, mas as primeiras criticas são negativas). Não são especialmente inteligentes e levam uma vida solta em Manhattan, até quando um amigo negro Mikey (Michael B. Jordan, revelado há pouco por causa de Fruitvale Station) se separou da esposa que revelou que o traía com um cara que ser parecido com Morris Chestnut. Pronto, sabe quem é? Eu, vagamente, um ator negro bonitão mas que não consegue chegar a ser famoso, mas o roteirista deve ser fã ou amigo por que insiste em usar seu nome. De qualquer forma os três prometem ficar solteiros.

Naturalmente nesse momento as mulheres perfeitas entram em suas vidas, para Jason é Ellie (Imogen Poots, de Need to Race), ainda que ela dê certo trabalho. Daniel se interessa por Chelsea (Mackenzie Davis), logo pensa em se reconciliar. Mas nenhum dos personagens é simpático (e vivem se xingando entre si), suas piadas são fracas e a história totalmente previsível. Acho que o mais lógico é seguir a obviedade do filme, quem tem propensão a gostar do gênero deve curtir. Só esses.