Crítica sobre o filme "Aventura em Paris, Uma":

Rubens Ewald Filho
Aventura em Paris, Uma Por Rubens Ewald Filho
| Data: 16/10/2012

Um curioso exemplo de filme que não sabe para que lado virar. Não é comédia, não é bem romance, não chega a ser aventura de espionagem de guerra. Dá a impressão de que os fatos da guerra muito recentes atrapalharam os realizadores. Tanto que o filme foi apressado para o fim do ano (e se chamava apenas Reunion, depois puseram France). Foi único filme de Joan Crawford do esforço de guerra (ela está perdida na historia, para não falar no figurino inadequado! Pela única vez com Wayne, outro que não se encontra – aliás, este é o penúltimo filme de Joan com a Metro, ela ira para a Warner logo depois). É apenas o terceiro ou quarto longa de Jules Dassin que ficaria famoso depois quando fugiu do McCarthismo e reconstruiu a carreira na Europa com Melina Mercouri.

Mas não há verdade alguma no comportamento da socialite (parece invenção mesmo de Hollywood, perdida no tempo e espaço, vivendo um amor ainda mais absurdo com um nobre que se vendo aos nazistas, mas também tem paixão por Paris, tudo isso na época da Ocupação Pelo Inimigo). O roteiro tenta fazer humor com os espiões e as empregadas da loja, mas é um equivoco. Alias uma das moças é a muito jovem Ava Gardner, que faz figuração num par de cenas.