Baseado no livro de Michael Lewis, “O homem que mudou o jogo” é um ótimo filme do sempre competente Bennett Miller, que dá a Brad Pitt o grande papel de sua carreira, e a Jonah Hill a chance de mostrar o seu talento.
O filme conta a história real de Billy Beane (Pitt), gerente do Oakland Athletics que cansado de ver seu time perder se arrisca e começa a adotar um método do economista Peter Brend (Hill) para contratar jogadores para o seu time: o de estatísticas e fórmulas matemáticas com foco na potencialidade de cada jogador. O método sofreu grandes críticas no início, mas deu ao time um grande êxito e fez de Beane um visionário no esporte. Isso em contraponto com sua vida particular em que ele tenta ao possível estabelecer um forte relacionamento com sua filha Kasey (Kerris Dorsey) sendo que esta ligação será fundamental para o desenvolvimento final da trama.
Com 6 indicações ao Oscar (incluindo melhor filme, roteiro adaptado, ator para Pitt e ator coadjuvante para Hill), o filme brilha ao contar a história de maneira detalhista e também explicativa (aos leigos do assunto) onde o elenco dá um show. A dinâmica de Brad e Jonah é incrível, e ambos brilham em cena, complementando um ao outro no jogo de cena de seus personagens. O filme ainda conta com a participação de Phillip Seymour Hoffman como o técnico mala do time, e de Robin Wright como a ex esposa do protagonista.
O filme é também muito bem dirigido. Benett Miller já havia mostrado competência em Capote,e ainda mostra o porquê é um diretor de alto nível. O roteiro dos sempre ótimos Aaron Sorkin e Steven Zaillian também merece menção, bem como toda parte técnica do filme, seja a fotografia de Wally Pfister (com destaque para os planos dos estádios) à trilha sonora belíssima de Mychael Danna, o filme é todo um capricho, se destacando em todos os âmbitos (não trata-se aqui apenas de um filme de atores ou de bela parte técnica, ele tem todos os pontos necessários para que um filme mereça real mérito).
Enfim, é um dos melhores filmes do gênero, sendo técnico, preciso, mas nunca chato ou maçante. É sim uma obra marcante, que cativa o espectador e nos mostra a cada dia que Brad Pitt é sim um dos grandes atores de sua geração.