Crítica sobre o filme "Homem Sem face, O":

Rubens Ewald Filho
Homem Sem face, O Por Rubens Ewald Filho
| Data: 17/08/1993

Chega com relativo atraso, esta estréia na direção me Mel Gibson, num filme em que revela surpreendente sensibilidade jeito para o metier (o que não é tão surpreendente assim já que vários outros atores também demonstraram o mesmo). Mas parece que ele só aceitou fazer o papel principal do filme quando não conseguiu outro ator que aceitasse o personagem. Baseado em livro de Isabelle Holand, a fita é uma escolha sem dúvida estranha. Difícil de definir, é um drama narrado pelo ponto de vista de um garoto que vai passar férias de verão a beira de um lago no Maine, mas tem problemas com um exame tipo vestibular para uma Academia Militar (os pais dele são contra). Acaba conseguindo aulas comum sujeito muito estranho que vive no lugar, que tem o rosto todo deformado por queimaduras (ou seja Mel aparece a fita toda com a cara coberta por uma maquiagem que o deixa quase irreconhecível). Depois de certo tempo, o garoto Nick Stahl consegue finalmente se aproximar dele e vai ficando amigo e tendo aulas. Mas o sujeito esconde um terrível segredo (que não vamos revelar) que pode comprometer tudo. Teria sido ele culpado ou não? E por que a cidade o condena? Mas como discutir do filme sem falar na temática. Bom quando se revela o caso criam-se certas ambiguidades, o espectador também tem dúvidas, o que ao meu ver até enriquece o filme. Numa análise superficial, a fita mostra um diretor promissor (ele já está fazendo outro). Ainda assim, merece um olhadela.