Crítica sobre o filme "Carrie - A Estranha":

Rubens Ewald Filho
Carrie - A Estranha Por Rubens Ewald Filho
| Data: 13/04/2012

O filme que consagrou De Palma como herdeiro de estilo marcante de Hitchcock. Com um completo domínio da imagem, o diretor conduz a narrativa com absoluto controle dos efeitos, levando o espectador para onde ele deseja. Logo na primeira sequência ele focaliza um grupo de garotas jogando vôlei até se fixar na protagonista, Carrie, a adolescente desajustada e repudiada pelo grupo. Em seguida, no vestiário das garotas, acontece sua primeira regra menstrual, o anúncio de que aquela história começa e se fecha como binômio água-sangue. Repudiada pelas colegas e martirizada pela mãe, uma fanática religiosa, Carrie começa a demonstrar ter dons paranormais, movimentando objetos pela força do pensamento. Como numa tragédia grega, onde o destino não pode ser mudado, observamos com terror a conspiração para tornar Carrie a rainha da festa da escola, que culminará inevitavelmente, num clima apocalíptico dos mais espetaculares que o cinema já mostrou. O filme ainda reserva para o final uma nova surpresa, um pequeno susto do qual nenhum espectador escapará. Depois de Carrie praticamente todo elenco se tornou estrela. Sissy foi indicada para o Oscar® de Melhor Atriz (Piper Laurie, na figura da mãe fanática foi indicada para Coadjuvante). Curiosidades: o filme revelou Travolta, Nancy Allen (que se casou com o diretor) e Amy Irving, mulher e mãe do filho do diretor Steven Spieberg. Uma fita obrigatória.