Crítica sobre o filme "Top Gun: Ases Indomáveis":

Marcelo Hugo da Rocha
Top Gun: Ases Indomáveis Por Marcelo Hugo da Rocha
| Data: 25/01/2005

É impossível negar que este filme “pipoca” e “ultranacionalista” (Era Reagan) tornou-se um “clássico” no gênero ação ao lado de tantos outros, como Rambo, por exemplo. O diretor Tony Scott, menos talentoso que o irmão Ridley Scott, conseguiu a proeza de tornar uma história boba num ícone dentro de Hollywood. Com um visual caprichado e uma produção esmerada nunca vista antes sobre as nuvens, Top Gun mexeu definitivamente com os hormônios masculinos: quem não queria ser piloto de caça, depois de assistir às aventuras da Escola de Aviação norte-americana?

Por outro lado, fez o favor de se intrometer nos sonhos mais íntimos das garotas, ao revelar o jovem galã Tom Cruise como o piloto bonzinho Maverick (Matthew Modine desistiu do papel na última hora). Ao som de “Take my breath away” (que ganhou Oscar® e o Globo de Ouro de 1987 pela melhor canção), também embalou muitos casaizinhos em reuniões dançantes até esgotar a paciência dos DJ’s.

O seu imenso sucesso nas bilheterias (quase 350 milhões de dólares arrecadados no mundo inteiro) trouxe outras tantas imitações baratas, como Águia de Aço (1986) e um dos melhores filmes sátiras de todos os tempos, Top Gang (1991). Mas até hoje raras produções conseguiram apresentar combates aéreos tão bem feitos e empolgantes como em Top Gun.

Nada mal para um filme que partiu de um artigo publicado numa revista.