Alejandro Amenábar tem a sorte de ser o cineasta latino (ele é chileno) que se encontra mais em evidência no cinema mundial na atualidade depois de Mar Adentro (2004). Mas os holofotes da mídia começaram quase dez anos antes com Thesis: recebeu 7 prêmios dos oito indicados para o Goya, inclusive melhor filme, no mais importante troféu para o cinema espanhol (realizado anualmente em Madri). Depois veio Abre Los Ojos (97), refilmado nos EUA como Vanilla Sky, e por fim, Os Outros (2001). Uma carreira invejável.
E é fácil explicar todo este sucesso já a partir de Thesis, um suspense de alto nível que explora as produções “snuff”, aqueles filmes com violência real e que já foi tema em 8mm (1999). A carga da apreensão do desenrolar dos fatos, de prováveis suspeitos e das reviravoltas é incrível. Apenas peca por ser um pouco longo demais, com algumas discussões superficiais sobre o cinema espanhol e outro blá-blá desnecessário. Mais agilidade, seria perfeito.