Crítica sobre o filme "Talentoso Ripley, O":

Elenise Peruzzo dos Santos
Talentoso Ripley, O Por Elenise Peruzzo dos Santos
| Data: 27/04/2004

Lembra daquela brincadeira de criança em que se dizia “eu sou ele e tenho tudo dele”? Nesse brilhante filme, Tom Ripley (Matt Damon) consegue materializar exatamente isso, quando se vê diante da possibilidade de viver como Dickie Greenleaf (Jude Law), filho de um milionário nova-iorquino.

O mais curioso é que Ripley, inicialmente, apenas usufrui as oportunidades que lhe “caem do céu”, como o fato de o rico pai de Dickie oferecer-lhe dinheiro para trazer o seu filho de volta à América, pensando que Tom fora contemporâneo do rapaz na Universidade de Princeton.

Chegando na Itália, ele se apresenta ao playboy Dickie e à sua noiva Margie (Gwyneth Paltrow), que logo o convidam para um almoço. A partir de então, maravilhado com o que vê, Tom conquista seu espaço, e age ardilosa e friamente em busca de seu objetivo maior, que é viver tal qual vive seu novo amigo. Não há qualquer limite objetivo ou subjetivo no seu intento, que inclui, ainda, o cometimento de crimes e uma dose espetacular de sorte.

O filme é baseado na obra “O Sol por Testemunha”, de Patrícia Highsmith, que já escreveu cinco livros com o personagem. A direção do filme é de Anthony Minghella (“O Paciente Inglês” e “Cold Mountain”), mas “O Retorno do Talentoso Ripley”, já nos cinemas, coube à diretora italiana Liliana Cavani.