Pronto desde 2002, A Sétima Vítima somente foi lançado nos cinemas ianques no natal de 2004, e ao final, acabou ainda arrecadando mais de 20 milhões de dólares. Comparando com a invasão de filmes de terror “made in japan”, o cinema fantástico espanhol ainda é incipiente. Os Outros (2001) e A Espinha do Diabo (2001) são excelentes referências.
Inicialmente, somos apresentados à história de seis crianças assassinadas e encontradas numa casa. Quarenta anos depois, uma família norte-americana se instala na periferia rural de uma cidade espanhola (Barcelona?) exatamente na mesma casa. Fugindo um pouco da evidência de cenas explícitas do subgênero “filmes de casa mal-assombradas”, o diretor Jaume Balaguero consegue a proeza de assustar apenas na sugestão de que o mal está escondido na escuridão e nas sombras.
Porém, parte das surpresas e algumas reviravoltas são previsíveis, e certas escolhas não foram as mais acertadas, como se na Espanha a língua oficial fosse o inglês e a personagem da atriz Anna Paquin fosse tão corajosa para uma adolescente. Apesar disso, é um bom exemplo de que os espanhóis têm muito mais a apresentar do que os filmes do Almodóvar.