Tudo bem, os (d)efeitos especiais deixariam envergonhados os responsáveis pelo setor no núcleo da rede Globo. As cenas de ação parecem sobras da série Buffy – A Caçadora de Vampiros. Apesar de tudo, a história é convincente e acaba agradando até os mais exigentes. Sangue de Lobo é uma produção para TV americana e que ainda não ganhou a oportunidade de ser lançada em DVD nos EUA para o grande público. A idéia é explorar a descrença da existência de vampiros entre nós, mesmo que a literatura seja mais farta que qualquer mortal que tenha pisado neste planeta.
Kevin Dillon faz um policial nos seus piores dias e que é designado para investigar o desaparecimento de uma jovem. Por óbvio ele a encontra, mas já é tarde demais, pois ela virou uma sanguessuga. Inevitavelmente, também é mordido e parte para tentar não virar de vez mais um da turma. A história é batida, mas o artifício de contá-la em flashback quando todos o acusam de ter assassinado vários figurantes, torna o caldo bastante interessante. A dúvida de que tudo não passa de imaginação é a melhor parte.
Destaque para a presença de Lance Henriksen, o detetive de Millenium, como chefe de Dillon. Aliás, Kevin, como seu irmão Matt, sempre foram promessas, apesar do último ter tido mais sorte. Fazer o exercício de lembrar de trabalhos decentes de Kevin nos cinemas foi realmente difícil, pois os poucos filmes estão ainda na década de 80: Platoon (86) e A Bolha Assassina (88). Atualmente, o seu ganha-pão está na TV em séries ou telefilmes como este. De qualquer forma, Sangue de Lobo, referência a um antídoto para deixar de ser vampiro, merece uma chance na concorrência com o Supercine.