Segundo o próprio autor da novela adaptada à TV, Stephen KING, Rose Red é a "Moby Dick dos filmes de casas mal assombradas". Além da extensa duração, mais de 4 horas, a produção é foi muito pretensiosa, desde já, a melhor deste gênero. Foi mostrada pela rede ABC em formato de mini-série (3 partes) em janeiro de 2002, e traduz em muito tudo o que já foi mostrado em produtos similares no mesmo filme. Comecei assistindo à noite e tive interromper durante a madrugada porque suspeitava que ficaria acordado ainda por algum tempo (e foi o que ocorreu).
Falar de Rose Red tem-se que abordar, necessariamente, Stephen KING. Dentro da literatura universal, já foi meu autor preferido, e pelas adaptações de suas obras, assisti a grandes porcarias (Sonâmbulos, por exemplo). Todos sabem, que volta-e-meia dá as caras de ator em seus filmes (aqui ele aparece de entregador de pizza), como também fazia Alfred HITCHCOCK e, mais recentemente, o diretor M. Night Shyamalan. Rose Red traz-nos elementos, principalmente, dos filmes antigos do gênero, como a preferência às insinuações ao revés de abusar dos efeitos especiais em revelar imagens de terror explícito (ou ´gosmento´) como nos fracos 13 Fantasmas ou A Casa Amaldiçoada (99). Fantasmas, vultos, barulhos e ilusões estão todos lá (faltou só o barulho de correntes...).
É claro que nem tudo é perfeito, principalmente pela fraca atuação da grande maioria dos atores (muitos, completamente desconhecidos). A atriz mirim Kimberly J. Brown sobressai dos demais junto com o experiente Julian SANDS (o responsável pelo terrível Warlock). Só para completar, Rose Red foi indicado ao Emmy Awards de 2002 (o ´Oscar´ da TV Americana), o que não é para menos. Com certeza, um ótimo programa à noite!