Era para ser um filme ‘baseado em fatos reais’, mas parece que o pessoal da banda inglesa de metal, Judas Priest, não gostou muito do que estava para vir e saltou fora do projeto. Mesmo assim, Rock Star foi rodado contra a vontade da banda mesmo com nomes e situações trocadas. Os fatos reais são que um jovem cantor de uma banda ‘tributo’ do Judas Priest, Tom “Ripper” Owens, assumiu o posto de frontman ao lado de seus ídolos e no lugar do antigo vocalista, Rob Halford, que saiu para assumir a Fight. O resto é bate-papo com os fãs de metal.
Rock Star, mais que um filme de bandas, é entretenimento que atinge a todos, ao contrário do que realmente aconteceu. Ficou uma ou duas semanas em cartaz no Brasil (tive o privilégio de assisti-lo numa ótima sala) e nos EUA foi fracasso de bilheteria. É um pouco exagerado, irão confirmar quem já foi a um concerto de rock. Também, não é por menos que foi muito comparado com Quase Famosos (2000), que retrata outro período e estilo de som (e é de longe superior). O papel de Mark Wahlberg, que deveria ser o ‘mocinho’, não é simpático, na grande maioria das vezes, até agressivo. Por isto, não há torcida e o público acaba ficando indiferente. As cenas de show são bem realizadas e entre os integrantes da banda fictícia Steel Dragon tinha músico de verdade, dando maior veracidade. O guitarrista (Zakk Wylde) trabalha com Ozzy Osbourne e por algum tempo dava apoio ao Guns’n’Roses. O baixista também é músico de ‘verdade’. O baterista, Jason Bonham, é filho do cara que era responsável pelas baquetas do Led Zeppelin, John Bonham, e o batera da fictícia Blood Pollution, Blas Elias, toca no Slaughter. E mais um monte de músicos envolvidos.
De qualquer forma, tirando as imperfeições, há uma boa caracterização de época, dos anos 80 e da cena METAL. Na trilha sonora tem representantes, como Bon Jovi e Mötley Crue, e outro pessoal que não tem nada a ver com o som, INXS e Everclear (que inclusive toca o tema do filme).