Crítica sobre o filme "Rei Arthur":

Rubens Ewald Filho
Rei Arthur Por Rubens Ewald Filho
| Data: 30/06/2005

Este confesso que fiquei com preguiça mesmo de escrever. Não achei tão ruim quanto se dizia lá fora, ao explicarem seu fracasso de bilheteria. É até uma fita de aventura razoável, lembrando outros filminhos parecidos (na verdade, mais aqueles italianos de halterofilistas do que outra coisa).

Pouco ou nada tem a ver com a lenda do Rei Arthur que a gente viu inúmeras vezes na tela, e acho que isso explica seu fracasso. É uma lenda tão absorvida por nós, que ver outra versão de Guinevere (pintada de roxo com biquíni de couro) sem se envolver com Lancelot, fica difícil de aceitar. Também o elenco não é dos melhores, principalmente o bendito Clive Owen que é totalmente transparente, não tem o menor carisma (parece o Mr. Celofane [John C. Reilly] de Chicago). Enquanto isso continuo a implicar com o queixo proeminente de Miss Keira Knightley que está mesmo virando estrela. Mas é outra fitinha de ação que eu veria melhor em casa, em DVD, do que nas salas. O diretor de Dia de Treinamento, o roteirista de Gladiador e o produtor de A Rocha, todos já tiveram melhores dias. Vale mais rever Excalibur em DVD. Será que não aprenderam com John Ford, que dizia que é melhor publicar a lenda do que a realidade? De realidade francamente estou cheio, basta ligar a TV e ver a praia do Leblon inteira sendo assaltada.