Crítica sobre o filme "Quero Ficar com Poly":

Rubens Ewald Filho
Quero Ficar com Poly Por Rubens Ewald Filho
| Data: 02/12/2004

Foi muito bem de bilheteria nos Estados Unidos, até porque não tinha grandes concorrentes novos. Também porque junta um dupla popular, Ben Stiller (Quem vai ficar com Mary) e Jennifer Aniston (de Friends, que aqui está muito magra, mas é uma comediante sutil e eficiente). Escrito e dirigido por um dos autores de Meet the Parents e Zoolander, John Hamburg, o filme tem grande quantidade de piadas de banheiro e também explícitas. Não apenas o herói tem dor de barriga, como há barulhos específicos e de diversas grossuras variadas. Fora isso (que faz a platéia delirar com as baixarias) o filme é razoavelmente divertido. Até faz rir. Ben é um técnico de seguros que se casa (com Debra Messing de Will e Grace) mas, no primeiro dia da lua-de-mel, ela o trai com um professor de mergulho (feito por um Hank Azaria super-malhado). Arrasado, ele volta a Nova York e acaba saindo com uma antiga colega de ginásio, Polly, que é garçonete (Jennifer). Uma garota livre e pouco convencional (o filme na verdade erra em não saber explorar melhor esse personagem, que nunca chega a ter uma personalidade definida; é uma comedia romântica em cima de personagem masculina, o que justifica as apelações). Há também momentos engraçados, porque o melhor amigo do herói feito por Philip Seymour Hoffman é um ex-ator juvenil que fez sucesso com um filme, mas hoje está esquecido e desempregado, vivendo da glória efêmera do passado. Tem Alec Baldwin (satirizando a figura do patrão do herói) e Bryan Brown (como um milionário que deseja ser segurado e vive se arriscando). Ou seja, é capaz de também fazer sucesso no Brasil em vídeo.