Crítica sobre o filme "Psicose":

Carlos Cauás
Psicose Por Carlos Cauás
| Data: 07/03/2002

O mestre Alfred Hitchcock presenteia o público com um suspense marcante que aborda indiretamente: culpa, mãe, amor, repressão sexual. Seria a melhor obra do Hitchcock? Sim. É incrível como o filme prende você na história, nos mínimos detalhes e nos diálogos, muitos do qual muita gente reclamaria se fosse feito algo nos dias de hoje.

Uma funcionária foge com o dinheiro de uma imobiliária aonde trabalha e viaja para outro estado a fim de encontrar o namorado. Porém, no seu caminho tinha o motel Bates, tinha o motel Bates no seu caminho. O clima cresce à medida em que vemos a hospedagem, porém, o proprietário é um sujeito simpático que aparentemente vive sozinho com sua mãe em uma velha casa ao lado do motel. O que tem em ficar uma noite num lugar aparentemente tranqüilo? A tranqüilidade acaba após um gentil lanche e uma conversa com o Norman Bates, que fala sobre a sua mãe e sobre seus problemas. Falar mais seria assassinar a trama.

No elenco temos: Janet Leigh que vive uma funcionária desesperada que rouba o dinheiro de uma grande venda. Vera Miles faz o papel da irmã de Janet Leigh, John Gavin do namorado da Janet e Martin Balsam o detetive. O centro de toda trama fica a carga do ator Anthony Perkins. Além do Motel Bates e da casa Bates.

Copiado, homenageado, mas nunca igualado, Psicose mostra o melhor de Alfred Hitchcock. A câmera do filme é extraordinária, viajamos com ela nas cenas silenciosas e nos apavoramos nos momentos de aflição.

O triunfo do filme sem dúvida é a fotografia em preto e branco (veja a versão de 1998 e comparem - eu nem deveria dizer essa palavra -), é realmente assombroso ver a casa Bates na fotografia original. A música é inesquecível, assim como várias cenas do filme.

Seria a definição da palavra ´clássico´? Seria o filme de suspense número um de todos os tempos ? Apesar do final detalhado, explicado de mais, a trama não é prejudicada.