É o filme que lembrará o diretor Ted DEMME, morto recentemente (13/01/2002) por um colapso cardíaco quando jogava basquete com os amigos. Depois veio ao público que havia resíduos de cocaína em seu sangue... Há de se lamentar este infortúnio, uma vez que este foi o primeiro filme "decente" do diretor, que prometia para breve boas produções. A estória de George Jung é verídica, principalmente, interessante. E o diretor, aparentemente, reconstituiu perfeitamente a transferência temporal de 30 anos, mesmo que de forma ligeira, deixando "buracos" no desenvolvimento (atenuados pelas cenas deletadas).
Johnny DEPP dispensa comentários: um dos melhores atores de Hollywood, devido muito à versatilidade de papéis (bola fora em DO INFERNO - 2001). Já a pequena participação de Penélope CRUZ é muito estereotipada (ou seria exagerada?). A surpresa no elenco é Franka POTENTE, loiríssima, reconhecida internacionalmente em CORRA LOLA, CORRA (98), agora com os pés na América.
Um filme de lembranças, não sei se tão fiel aos fatos porque demais "colorido", com momentos bem distintos, acabamos envolvidos por torcer pelo "bandido" - o traficante. Também não li o livro de Bruce Porter que baseou o filme, mas o nome da filha de George Jung, Cristina, aparece nos créditos finais numa ponta que acabou não entrando na edição final (mas está nas cenas deletadas). Para finalizar, acabou arrecadando mais de 50 milhões de dólares nos cinemas americanos, um incentivo para os diretores brasileiros: porque não filmar a vida dos nossos traficantes? Não, é melhor que não, já chega as notícias de capa dos jornais e revistas...