Diante da morte, só nos cabe "relaxar e gozar". Pelo menos é o que fica de essência do filme "Premonição". Fosse um maníaco qualquer atrás dos protagonistas, a sorte deles poderia ser outra. Mas, diferentemente dos demais filmes de terror, aqui o assassino é ninguém menos que a própria Morte, implacável como só ela, e que fará de tudo para reparar o destino. Os acidentes que vão se sucedendo com os personagens são tão elaborados e imprevistos que logo nos perguntamos se é possível que alguém escape. Aparentemente, não há como evitar a morte. Resta apenas saber quem é o próximo e como será. Curiosamente, a força do filme reside justamente nessa expectativa. Além disso, pelos requintes de sadismo e crueldade com que os jovens são perseguidos, chega-se à estranha conclusão de que era preferível (e menos doloroso) ter morrido no desastre aéreo do que sobrevivido, momentaneamente, para simplesmente ter um desfecho mais trágico logo adiante.

De positivo, estão a ótima seqüência inicial no aeroporto, os sustos proporcionados por excelentes efeitos de som e a insinuação da presença da vilã-morte ao longo do filme (apenas sugerida, seja por reflexos no espelho ou por brisas repentinas). Vale como diversão para quem gosta de terror adolescente. Mas desde que se assista sem maiores expectativas.