Muitas vezes caracterizamos o cinema francês como cerebral ou chato mesmo. Percebe-se que com o tempo, até os próprios estão misturando elementos ‘hollywoodianos’ em suas produções. Concordo com aqueles críticos que dizem que o cinema francês está evoluindo. E um destes exemplos, é Pacto dos Lobos. O diretor Christophe Gans já tinha realizado o interessante Lágrimas de um Guerreiro (95) com o ator Mark Dacascos, repetindo a parceria aqui e no The Adventurer, ainda sem título em português e que deverá estrear no ano que vem.
PACTO é um filme que encontramos um apanhado de referências de gêneros tão diversos, como terror e comédia. O que comentar sobre as lutas marciais num filme que passa em pleno século XVIII? Tudo é bastante grandioso, inclusive, o próprio monstro. Os efeitos especiais são primorosos e as locações esplêndidas. Mesmo assim, o filme é mais longo do que necessário. Há pecados na continuidade do roteiro, mas que podem passar desapercebidos nos entusiasmo com as cenas de ação e suspense. É um filme bacana e que serve para desmistificar o ranço do grande público com o cinema francês, mas longe de ser ótimo como o thriller Rios Vermelhos (2001) também com o ator Vincent Cassel, casado na vida real com a maravilhosa Monica Bellucci.