Crítica sobre o filme "Nome da Rosa":

Marcelo Hugo da Rocha
Nome da Rosa Por Marcelo Hugo da Rocha
| Data: 04/11/2004

Confesso que tentei ler o livro de Umberto Eco algumas vezes depois de ter assistido à adaptação para o cinema de O Nome da Rosa mas não consegui. E o principal motivo foi de que basta ter visto o filme, pois pela sua excelência nada vai me acrescentar com a leitura. Esse é o mesmo sentimento de outras pessoas da qual já comentei desta “barreira” psicológica. O filme de Jean-Jacques Annaud é melhor que todas as adaptações cinematográficas de livros de Sherlock Holmes e Agatha Christie reunidos!

Um dos filmes europeus mais caros realizados até então, cerca de 20 milhões de dólares, em cooperação com Alemanha, Itália e França, foi projetado para fazer uma grande bilheteria nos EUA (daí ser falado em inglês) e que acabou num fracasso vergonhoso resultado de críticas demais severas por parte da imprensa americana. Por outro lado, foi um sucesso no mundo inteiro, principalmente, na Europa; arrecadou 70 milhões de dólares. Ocorre, que como Blade Runner, foi descoberto por uma nova geração, da qual se tornou ‘cult’ e referência em qualquer lista de melhores filmes policiais e de suspense, mesmo que seu principal prêmio tenha sido o César (“Oscar francês”) de ‘melhor filme estrangeiro’.

O Nome da Rosa restou eternizada nos cânones da 7ª arte, com atuações impecáveis de um grande elenco encabeçado por Sean Connery, a visão impar de um diretor como Jean-Jacques e a obra de um escritor de porte como o de Umberto Eco. Inesquecível! Talvez eu tente mais uma vez ler o livro.