Crítica sobre o filme "NARC":

Marcelo Hugo da Rocha
NARC Por Marcelo Hugo da Rocha
| Data: 07/07/2003

Aclamado pela crítica como um dos melhores policiais dos últimos tempos e sucesso nas locadoras, Narc confirma toda esta badalação em torno do até então desconhecido diretor Joe Carnahan, e que tirou a sorte grande como o escolhido para Missão Impossível 3, veículo megalomaníaco de Tom Cruise. Rapidamente, analisando Narc, não há como negar que segue a cartilha de muitas produções do gênero, quando trata da cumplicidade dos parceiros e suas desconfianças. Mas a grande diferença está no tratamento das imagens, nas cores frias e na agilidade da câmera que lembra uma filmagem caseira, com movimentos bruscos e rápidos.

O que também interessa são as interpretações luxuosas de atores de um ‘segundo time’, daqueles que são lembrados apenas como coadjuvantes em grandes produções: Ray Liotta (Hannibal) e Jason Patric (Velocidade Máxima 2). Ambos estão irreconhecíveis, principalmente, o segundo. Acredito que Narc é o mesmo que foi Cães de Aluguel para Quentin Tarantino e El Mariachi para Robert Rodriguez: o passaporte de Carnahan para realizações aos olhos do grande público. Em tempo, o mesmo dirigirá uma produção sobre a morte de Pablo Escobar, Killing Pablo com o ator espanhol Javier Bardem.