Crítica sobre o filme "Musa, A":

Marão
Musa, A Por Marão
| Data: 03/03/2001

O que poderia fazer um roteirista de Hollywood em crise de inspiração e prestes a ficar desempregado? Esta é a divertida resposta que o filme A Musa busca oferecer. Por tabela, acaba ironizando os bastidores do mundo do cinema e seu modismo de criar ícones. As aparições de cineastas famosos como James Cameron e Martin Scorsese - interpretando a si mesmos e satirizando, sem qualquer pudor, suas próprias criações - dão um toque refinado de humor, ao mesmo tempo que acrescentam maior credibilidade à trama. Em certa passagem, por exemplo, é aconselhado ao diretor de Titanic afastar-se de novos projetos que envolvam água. Pena que, justo em seu desfecho, a história padeça um pouco de inspiração. Para um filme que tornou-se agradável e cativante, seu final é por demais simplista. Talvez neste momento tenha faltado a musa inspiradora que Albert Brooks tanto referia.