Crítica sobre o filme "Mansão Mal-Assombrada":

Rubens Ewald Filho
Mansão Mal-Assombrada Por Rubens Ewald Filho
| Data: 30/06/2004

Mesmo antes do sucesso de ´´Piratas do Caribe: A Maldição do Pérola Negra´´, a Disney resolveu continuar com sua política de fazer filmes inspirados em atrações de seu parque de diversões, Disneyworld ou Disneyland. Mas as chances de errar se confirmam com este fraco ´´Mansão Mal-Assombrada´´, outra estranha tentativa de Eddie Murphy de fazer filmes para crianças. Uma explicação poderia ser os diversos filhos pequenos do ator, mas ele tem se perdido em projetos tão fracos que inclusive são exibidos dublados.

O gênero casa mal-assombrada é dos mais explorados do cinema, tendo servido para muitos humoristas, como Bob Hope (quase uma marca registrada), Abbott e Costello (´´Bruxarias´´ e outros) e Dean Martin e Jerry Lewis (´´Morrendo de Medo´´). Bastava copiar qualquer dos filmes deles que o resultado já seria melhor. Na história, Eddie é um agente imobiliário que trabalha com a mulher e não dá atenção aos filhos (outro clichê cansativo). Eles visitam um antigo castelo, só que o grande amor da vida do fantasmagórico dono (o inglês e ruim Nathaniel Parker) é a cara da mulher de Eddie (a fraca Marsha Thomason). Então, não podem escapar do lugar, apesar da ajuda de uma bola de cristal (Jennifer Tilly), alguns empregados e a interferência de um mordomo sinistro (Terence Stamp).

O resto do filme é uma correria sem sentido enquanto recolhem chaves, enfrentam caveiras (no estilo ´´A Múmia´´, mas mais pobre), participam de lutas, tudo meia-boca. Não chega a irritar, mas também nada acrescenta. Os fãs notarão varias referências ao passeio original, mas isso não desculpa uma fita derivativa, sem criatividade e muito pouco engraçada. Um trabalho banal do diretor Rob Minkoff (´´O Pequeno Stuart Little´´ e a continuação), que merecidamente não foi bem de bilheteria lá fora. Crianças, porém, podem ser mais tolerantes, já que é difícil encontrar terror para pequenos.