Esta comédia havia ficado notória porque a Dreamworks editou o trailer de tal maneira que Woody não aparece, dando a impressão de que o filme é totalmente dos jovens Christina Ricci e Jason Biggs (American Pie). Mas Woody tem um papel importante, como um veterano humorista (mais escritor que ator) que fica amigo do jovem Biggs (que tenta imitar Woody e parece ter perdido todo seu timing de comédia, não acerta uma). Lhe dá conselhos sobre sua garota que é complicada. Mas do meio para o fim começa a pirar, ficando paranóico, insistindo em comprar armas de fogo (no que parece ser uma tentativa mal-sucedida de criticar essa mania americana. A conclusão de seu personagem também é mal resolvida). Tudo isso é contado em um longo flash-back, mostrando como Christina lhe impõe a presença da mãe (Stockard Channing, desperdiçada), recusa transar com ele (demonstrando que está com outro) e assim por diante. Na verdade, as boas piadas estão todas no trailer. Fora disso, o filme tem um lado bom. Não parece feito às pressas como os anteriores. Allen deixa a câmera com freqüência parada e faz os atores entrarem e saírem. Esta é apenas a segunda vez que ele roda em widescreen (a primeira foi Manhattan). Continua usando músicas standards antigas (com pontinha de Diana Krall). O problema é que a história é fraca, com poucas piadas e situações mal-aproveitadas. Outro passo na decadência dele. Que pena. Para um orçamento de 18 milhões (baixo) o filme teve 3 milhões e duzentos mil de bilheteria! Assim nem o mercado exterior compensa.