Crítica sobre o filme "Homem de Família, Um":

Marcelo Hugo da Rocha
Homem de Família, Um Por Marcelo Hugo da Rocha
| Data: 28/02/2002

Nicolas Cage é um ator versátil, mas vinha alternando papéis de filmes estranhos ("8mm" e "Vivendo no Limite") ou ruins (como "60 Segundos" e "Olhos de Serpente"). Aqui ele pega uma boa oportunidade, visto que o personagem precisa se adaptar a dois mundos bem distintos, mas foi convincente. A sorte é que a trama é bem interessante, prendendo o interesse até o fim sem deixar a peteca cair. Não sei quais foram as minhas razões de não ter assistido no cinema, talvez pelo preconceito de "filme de sessão-da-tarde", mas estava redondamente enganado. O filme é bem legal e é daqueles que te deixam uma "mensagem" ou te fazem "pensar" no final, do tipo: "se eu fizesse aquilo, ou deixasse de fazer, o que poderia ter acontecido?" Como estamos presos ao tempo, esta pergunta muitas vezes nos incomoda a refletir passado e futuro. Bem, das curiosidades, temos que a estréia do filme foi no Natal de 2000, e não foi lá estas coisas a sua bilheteria, mas deu para pagar as contas. Isto é só para esclarecer que o nome "Nicolas Cage" não andava atraindo muito o público. Quanto à Téa Leoni, acho ela bem sem sal. Desde IMPACTO PROFUNDO, quando chamou alguma atenção até JURASSIC PARK 3, nada acrescentou, aliás uma carreira bem pequena. É reconhecida como a "esposa de Mulder na vida real", e só. Só mais uma nota: CAGE anda filmando, novamente, com JOHN WOO, responsável pelo seu último grande papel em A OUTRA FACE. O nome do filme é "Windtalkers", uma grande produção de guerra que estreará em novembro deste ano.