Crítica sobre o filme "Herança de Mr. Deeds, A":

Marcelo Hugo da Rocha
Herança de Mr. Deeds, A Por Marcelo Hugo da Rocha
| Data: 28/02/2003

Adam SANDLER é um cara de sorte, porque sempre está em destaque nos comentários de seus filmes: amado pelo seu público e odiado pela crítica especializada. Comediante do programa Saturday Night Live, de coadjuvante com um punhado de atores desconhecidos em início de carreira - Cabeças de Vento (93) - a um salário de 25 milhões de dólares em seu último filme Anger Management (2003) contracenando com Jack NICHOLSON.

Em 2000 ganhou o prêmio popular (People´s Choice Awards) de ator favorito em comédias. E por Mr. Deeds foi indicado a pior ator no prêmio FRAMBOESA DE OURO (Razzie Awards). É um caso interessante para se avaliar, mas prefiro a máxima "Vox Dei, Vox Popullis", traduzindo, "A Voz do Povo é a Voz de Deus". Os críticos são muito impiedosos com o cara, porém me desagrada este filme. O melhor momento de A HERANÇA DE MR. DEEDS é a cena do salvamento de gatinhos de um incêndio. Há outras passagens divertidas, um riso ali outro acolá. SANDLER se repete mais uma vez, com aquele sorriso meigo e carente, lembra bastante o personagem de O Paizão (99), talvez o maior sucesso na sua carreira. As situações são muito forçadas, o que incomoda até o espectador menos exigente. A presença de Winona RYDER, fazendo o parzinho romântico, é sempre agradável, mas a boa tirada é sem dúvida alguma o personagem engraçado (e esdrúxulo) de Steve BUSCEMI, talvez o principal motivo para eu indicar a locação.