Crítica sobre o filme "Guru do Sexo, O":

Elenise Peruzzo dos Santos
Guru do Sexo, O Por Elenise Peruzzo dos Santos
| Data: 06/04/2004

Não canso de repetir que a indústria cinematográfica já saturou o espectador com historietas de finais óbvios, principalmente no que diz respeito a comédias e romances. Apesar de “O Guru do Sexo” não escapar desse estereótipo, o filme apresenta cenas realmente hilárias e promete uma sessão de muitas gargalhadas.

Curioso é que filmes de semelhante teor acabam sendo lançados em idêntico período, parecendo até obra do mesmo roteirista. Há pouco vimos nas telonas “Driblando o Destino”, onde, tal qual “O Guru...”, a protagonista de família indiana está ávida por uma “ocidentalização” (no caso, deseja ser jogadora de futebol). No filme sob comento, Nova Iorque é o alvo de Ramu (Jimi Mistry), que deixa a Índia com pretensões de seguir carreira artística, sempre inspirado por “Grease” (Bollywood não lhe era suficiente!). Ao substituir um velho guru que passa mal antes de uma apresentação, acaba por conquistar seu público, tornando-se um verdadeiro consultor sexual.

Há outras deixas interessantes, como o fato de uma atriz pornô esconder tal fato de seu futuro marido, ou as investidas da personagem de Marisa Tomei, brilhante como a “filhinha de papai” que não sabe o que quer da vida. As cenas musicais são animadíssimas, também.

Mais uma surpresa: embora o nome do filme seja “O Guru do Sexo”, não há sequer uma cena de sexo durante todo o filme. Inclusive a expressão foi suprimida do nome original em inglês, pois certamente feriria os puros e castos ouvidinhos das famílias americanas.