Crítica sobre o filme "Grande Hotel":

Marcelo Hugo da Rocha
Grande Hotel Por Marcelo Hugo da Rocha
| Data: 26/02/2001

O filme inicia com o mensageiro Ted recebendo instruções do recém aposentado mensageiro, o seu substituído. O primeiro episódio é o mais insosso, narrando a história de algumas "bruchas", algumas até "buchas", na incansável tentativa de ressurreição de sua maga suprema. Acho que poderia ter sido melhor explorado, especialmente o final, pois me pareceu um tanto sem nexo, sem ideal, além de ser o mais afastado da realidade, presença constante nos outros três - embora uma realidade um tanto irreal.

O segundo, trata do envolvimento equivocado do mensageiro Ted na briga de um desajustado casal, com cenas de elevada descontração e tensão, alternadas. Muito interessante.

O ápice do filme é o episódio dirigido por Robert Rodriguez, no qual o mensageiro passa por muitos apuros nas mãos dos filhos pestinhas de um mafioso, interpretado por Antônio Banderas. As cenas são maravilhosas, com pitadas de humor escrachado e tensão iminente. A cena em que o filho mais novo faz de bico o dedo do pé provoca, ao mesmo tempo, riso e náusea. Simplesmente genial...

O último episódio, apesar de não ser tenso como dos dois anteriores, possui um diálogo impressionante, ao melhor estilo de Quentin Tarantino. A atuação de Tim Roth foi extraordinária. Aliás, a atuação da maiora dos atores foi soberba.

Um bom filme, especialmente para quem curte este novo estilo de cinema, pois tenho ouvido que muita gente sequer terminou de ver o filme - não gostaram mesmo! Vale conferir para tirar suas próprias opiniões, mas pelo menos vá até o final - acho que vale, mesmo que não goste.