Crítica sobre o filme "Fonte da Donzela, A":

Carlos Motta
Fonte da Donzela, A Por Carlos Motta
| Data: 17/06/2004

O filme, Oscar® de produção em língua não inglesa, refletia ainda as preocupações religiosas de Ingmar Bergman, com raízes na formação familiar do cineasta, filho de um pastor protestante, preocupações estas presentes em outras obras dele, como O Sétimo Selo. Existe uma dualidade nos personagens da história, uma mistura - o pai, a mãe e mesmo a própria donzela - de Deus e Diabo e o Bem e o Mal, cristianismo e paganismo. Outros revestem-se de uma aura demoníaca, como a criada grávida, os pastores viscosos, parecendo répteis como o sapo colocado no pão. A iluminação dos quadros é tosca e sombria nos interiores e os desempenhos em sua maioria exacerbados, propositadamente, complementando a caracterização física dos personagens.