Crítica sobre o filme "Estrada Para a Perdição":

Carlos Cauás
Estrada Para a Perdição Por Carlos Cauás
| Data: 04/04/2003

Tom Hanks está ótimo, Paul Newman fantástico e Jude Law incrível. Realmente, assistir um filme com um elenco desses e ainda ter na direção o premiado diretor de ´Beleza Americana´, Sam Mendes, é algo mágico. Tudo se encaixa perfeitamente no filme, sem contar que a história - apesar de simples - tem um desenvolvimento diferenciado. O filme retrata, acima de tudo, sobre a relação entre pai e filho. É o período do reinado dos Gangsters, 1931, época também da Depressão e da Lei Seca, recriada perfeitamente em todos os aspectos técnicos, tudo funciona em legítima sincronia.

É um grande filme sobre a máfia, se você espera grandes cenas... pode acreditar que as verá. Sam Mendes controla a câmera de forma magistral e algumas cenas se tornam quase poéticas. A cena de um tiroteio na chuva retrata o que eu quero explicar com palavras. A trilha sonora é de primeira, passando tristeza e emoção na medida certa.

Com tanta emoção, justamente do tema tratar da família, deve ser visto também pelo fato que Sam Mendes é um ótimo diretor e ele prova isso novamente.

Ainda, o roteiro é baseado em uma história em quadrinhos escrita por David Self. Mesmo com pouca ação (quem disse que precisa?), não deixa o filme se perder em diálogos e reflexões, pois eles são convincentes. Muitos vão creditar a um final previsível (ou será o seu início?), mas é indiferente. A cena final é de grande impacto. O filme foi indicado a 6 Oscar de 2003: Ator Coadjuvante para Paul Newman, Fotografia,,Direção de Arte e Cenários, Trilha Sonora, Edição de Som e Som.