Nunca gostei desta atriz de pronúncia difícil, principalmente, depois de seu discurso bobo e longo no Oscar de melhor atriz em "Shakespeare Apaixonado" (-"Eu queria agradecer ao açougueiro que fornecia carne moída para as minhas cachorras, blá, blá, blá"). Talvez esta era a causa da minha relutância para ver este filme. Mas não foi a minha surpresa, que ela não é a atriz principal, numa trama que envolve diversos personagens "a la Robert Altman". E o pior foi que gostei do filme, apesar do final meio vazio ou amplo demais.

São três histórias que envolvem três duplas de personagens que acabam se encontrando apenas no final do filme, na grande final de karaokê. A mais interessante delas, é da dupla ex-presidiário/vendedor, sem dúvida alguma. Aquela do ex-presidiário que ficou quase toda uma vida atrás das grades, e não sabe fazer nada, além de cantar (que pode ser apenas um dom), e do vendedor, que passa quase toda a sua vida também preso ao tempo, apesar de ser "livre". Poderia ser a história de um filme. E, com certeza, são os melhores atores da película (e com a maior filmografia).

Fica a impressão que o filme todo vale, no mínimo, por esta história. É um filme para quem conhece e gosta do círculo karaokê (ou não seria videokê?). Vale a pena!