Comentar um filme baseado numa obra literária sem tê-la lido parece coisa de "picareta", como também aquela máxima que o "livro sempre é melhor que o filme". É verdade que não li e também não me deu vontade de procurá-lo. A estória que se vê é suficientemente boa e dispensável maiores aprofundamentos literários. A comédia funciona muito bem porque tudo é verossímil, do tipo "isto poderia acontecer com você!". Bridget é uma garota comum atraída por detalhes que as mulheres, em geral, reclamam: peso e amor. Gorda e desiludida com o romance com o seu chefe, acaba encontrando um amigo de infância que balançará as suas estruturas, mesmo que no primeiro momento eles acabam se odiando.
O livro de Helen Fielding (também roteirista aqui) foi um sucesso absoluto de vendas, cujo resultou em uma continuação que também deverá ser levada às telas de cinema. Bem acima de outras produções do gênero "comédia romântica", graças muito à simpática personagem interpretada - perfeitamente, diga-se de passagem - por Renée Zellweger (atriz americana descoberta ao grande público em JERRY MAGUIRE (96) que precisou aprender todas ´manhas´ do sotaque britânico e engordar horrores e que renderam uma indicação ao Oscar de Melhor Atriz). Ela é uma ótima atriz, porque quem viu ENFERMEIRA BETTY (2000) vai me dar razão, deixando de ser mais um "rosto bonitinho" de Hollywood... Destaque também para o ator Hugh "Divine Brown" Grant, personificando o mal caráter do chefe de Bridget em papel não comum a sua filmografia. Para quem gostou de 4 CASAMENTOS E 1 FUNERAL e UM LUGAR CHAMADO NOTTING HILL vai adorar!