Deve estar sobrando grana a Sandra BULLOCK para produzir alguma coisa do gênero. Não decepciona quando interpreta uma policial amedrontada com o seu passado, mas tocar adiante um suspense que em raros momentos funciona é exagero. Bem, como já sabemos quem são os responsáveis pela morte que movimenta a trama, o que restaria para prender a atenção ao filme? Se os matadores seriam presos? A parte que se aproveita é a abordagem, mesmo que superficial, da juventude criminal americana, muito bem apanhada no documentário Tiros em Columbine (2002).
A caracterização da dupla de jovens infratores é de certa forma clichê, mas não atrapalha muito o que já estava ruim na sua origem: o roteiro. Cheio de obviedades, dizem que se serviu do clássico Festim Diabólico (1948) de Hitchcock. Se os próprios americanos rejeitaram tal bobagem nas telas, como vítimas e algozes de estórias repetidas na vida real como esta, quem sou eu para dizer que o filme é bacana?