Depois de Asterix e Obelix contra César (1999) arrecadar uma fortuna pela Europa, era certo que a saga criada por Uderzo e Goscinny transformaria-se numa franquia cinematográfica. E esta continuação alcança a superioridade, por se entregar completamente ao mundo dos quadrinhos. Desde as cores berrantes do figurino das personagens aos exageros dos desenhos animados. É claro que os efeitos especiais foram aprimorados, inclusive misturando efetivamente a animação com cenário real.
Os atores de Asterix e Obelix se repetem, alguns ficaram para trás (Roberto Benigni) e outros se incorporaram à trama com uma importância de igual com a dupla, como é a ótima presença de Jamel Debbouze (Numérobis), visto recentemente em O Fabuloso Destino de Amélie Poulain (2001) e a escultural Monica Bellucci (Cleópatra), a nova deusa do cinema europeu e que tomará Hollywood em breve com as continuações de Matrix.
Ao contrário do primeiro, aqui o riso é solto com momentos de gargalhadas. Há boas sacadas, como lembrar passagens de filmes famosos como Titanic, Guerra nas Estrelas e Tigre e o Dragão. Os nomes dos personagens também fazem a diferença, como a abordagem de temas atuais. Vale a pena para quem se identifica.