Crítica sobre o filme "Alta Freqüência":

Saulo L. Jr
Alta Freqüência Por Saulo L. Jr
| Data: 15/06/2001

Trata-se de uma filme envolvente, inteligente e bem estruturado. Confesso que antes de assisti-lo, comecei a questionar-me acerca do tema proposto e sobre eventuais furos na história. Sim, eu estava tentando prever os furos. Porém, a produção e direção desta obra não deixou, pelo menos à primeira vista, muitos furos perceptíveis. Conseguiu explicar, de acordo com a teoria dos universos paralelos, o fenômeno ocorrido. Bom, não que seja crível, mas foi bem bolado e disfarçado.

Mesmo assim, o filme prende a atenção do espectador, gerando um sentimento de apreensão, onde não se pode desgrudar os olhos da tela com receio de perdermos alguma cena, digamos, imperdível. Ele é tão envolvente que suas duas horas de duração não se tornam cansativas, pelo contrário, passam rapidamente. Como bem colocado nas críticas (extras), o diretor não deixou o filme cair no sentimentalismo que, por muitos outros diretores não poderia ser evitado.

Elogios à parte, alguns "furos" não puderam ser evitados, tais como o fato de o jovem policial ser o único a se lembrar do ocorrido no universo paralelo, enquanto, pelo lógica, isso seria impossível. No entanto, se ocorresse de acordo com a lógica, o filme terminaria logo após o primeiro contato, após o salvamento de seu pai, ocasião em que o jovem policial não se lembraria mais do antes ocorrido. Por isso, até que se entende este "furo" inexplicado. Um filme imperdível.