Crítica sobre o filme "Curioso Caso de Benjamin Button, O":

Viviana Ferreira
Curioso Caso de Benjamin Button, O Por Viviana Ferreira
| Data: 11/06/2009

Quando O curioso caso de Benjamin Button foi lançado como projeto, os cinéfilos se exaltaram. Um filme, dirigido por David Fincher, com historia baseada no conto de Fitzgerald era esperadíssima. E quando o trailer do longa saiu então, as expectativas foram a mil. Pois é, é com orgulho que eu digo que todas as minhas expectativas (que eram realmente altas) foram superadas, E O Curioso Caso de Benjamin Button já é um clássico. A história, por si só, é magnífica. Benjamin (Brad Pitt), nasce no final da grande primeira guerra mundial, e poderia ser como qualquer outro bebê se não tivesse o aspecto de um velhinho de 80 anos. Sim, um bebê de 80 anos. Largado pelo pai (que mais tarde o procuraria), ele é encontrado por Quennie (Taraji Henson, magnífica) que o acolhe como uma mãe e cuida dele com todo carinho e amor. Queenie trabalha em um asilo e Benjamin cresce lá, como um velhinho que na verdade é uma criança. E é lá que ele conhece a mulher de sua vida, Daisy, ainda pequena (nesta fase interpretada por Elle Fanning), e a partir deste ponto um vai mudar a vida do outro.

Assim é este romance, incrível, poético, caprichado, praticamente sem defeitos. Um clássico. As atuações são incríveis, onde Brad Pitt está soberbo como Benjamin Button, Taraji ilumina como Queenie mas é Cate Blanchett quem reina, soberana, em um papel que lhe cabe como uma luva. A Daisy de Cate é apaixonada, doce, verdadeira. E assim Cate tem uma das melhores interpretações do ano passado, mas que infelizmente passou despercebida. O roteiro de Eric Roth é uma jóia, uma adaptação perfeita, onde ele tira os excessos do conto de Fitzgerald, implementando fantasia. A parte técnica também é incrível. Dos figurinos de Jaqueline West à surreal trilha estupenda de Alexandre Desplat, nada falta, tudo se ilumina, como versos corriqueiros e imediatos de um soneto de verão.

E se alguns reclamam que Benjamin Button é longo, para mim sua duração é perfeita. Suas quase 3 horas de duração realmente tem sentido, para que possamos entrar realmente na alma de um homem solitário, que tendo a sua vida ao contrário, entendeu o sentido da existência. Mesmo que não tenha ganho o Oscar® de melhor produção do ano, este filme está acima de qualquer premiação. É uma jóia, verdadeira e pura, que estará sempre à vista, para ser apreciada.