Crítica sobre o filme "Cure, The: Trilogy (Blu-ray)":

Robson Candêo
Cure, The: Trilogy (Blu-ray) Por Robson Candêo
| Data: 23/11/2010
A banda de rock gótico (ou dark se preferirem) mais famosa, foi fundada por Robert Smith (líder, produtor, cantor, compositor e multi-instrumentista) em 1976. A banda começou lançando singles em 1978 e conseguiram gravar o primeiro disco (Three Imaginary Boys) em 1979. Novos singles seguiram fazendo sucesso e no final de 1979 a banda já havia passado por duas mudanças de formação, característica que sempre ocorreu no grupo. Com o segundo álbum (17 seconds) em 1980, a banda consegue grande sucesso na Inglaterra e faz sua primeira turnê mundial. O terceiro álbum (Faith) e o quarto (Pornography), marcam a fase mais sombria da banda, com letras tristes e arranjos onde Robert exprime toda sua depressão.

O maior sucesso mesmo veio com o disco The head on the door, com clássicos como “In Between Days†e “Close to Meâ€. Neste disco, bem mais pop, a banda renova seu som. A coletânea Staring at the Sea, lançada em 1986, conquista o mundo e comemora os 10 anos da banda. Em 1987 eles tocaram no Brasil em uma turnê que assustou o quinteto, tamanha popularidade.

O álbum Disintegration de 1989, parecia marcar o fim da banda. Foi gravado boa parte ao vivo, com arranjos elaborados e extensos. Em 1992, o álbum Wish levou a banda a sua maior vendagem e execução em rádio e MTV. O Single “Friday I´m In Love†foi o grande responsável por isso. A banda tocou no Brasil novamente em 1986 no Hollywood Rock, graças ao abaixo assinado de seus fãs. Bloodflowers – álbum lançado em 2000 é o disco que fechou a chamada Trilogy da banda.

O estilo do The Cure mostra visual e letras depressivas, com batida acelerada e dançante. Esta trilogia reuniu 3 discos da banda, considerados por eles como complementares. O show é feito executando todas as músicas destes 3 discos, na mesma ordem em que foram gravadas. O show aconteceu no Tempodrom em Berlim, um lugar grande e lotado. O palco é grande e com uma ótima iluminação que reflete bem o estilo das músicas. Essa iluminação tem um detalhe interessante porque na primeira parte ela é mais sombria, como são sombrias as músicas. Já na segunda e terceira parte, essa iluminação fica mais alegre, seguindo o estilo das canções. A filmagem é ótima, com 12 câmeras numa excelente direção, com ângulos diferentes e originais. A banda toca muito bem, são grandes músicos e o som é denso e vale a pena ser ouvido. A voz de Robert Smith é boa e canta num tom de quem está se lamuriando.

O show começa com o disco Pornography e a música “One Hundred Yearsâ€. A música que me pareceu ser mais conhecida é “The Hanging Garden†e a música “Pornography†encerra muito bem esta primeira parte da trilogia que é a mais sombria, inclusive na iluminação.

A segunda parte mostra canções bem diferentes, mais românticas e com excelentes e bonitos arranjos, a começar pelas introduções, isso sem contar que aparecem vários sucessos como “Plain Songâ€, “Pictures of You†e “Lullabyâ€, e a iluminação é completamente diferente, bem mais alegre e viva.

Na terceira parte, a banda manteve o mesmo estilo de arranjos da segunda parte e mesmo apesar das músicas não terem sido muito divulgadas nas rádios, elas são ótimas.