Crítica sobre o Blu-ray "Imagem Filmes - 97 Min." do filme "2019: O Ano da Extinção":

Edinho Pasquale
2019: O Ano da Extinção Por Edinho Pasquale
| Data: 14/09/2010

Finalmente temos um lançamento em alta definição pela Imagem Filmes compatível com as distribuidoras que chamamos de “majors”. Que me lembre, é o primeiro Blu-ray em dupla camada (BD50) da distribuidora e é “quase” o mesmo produto lançado nos EUA, bem diferente de outros lançamentos. O “quase” fica nos extras, a explicação vem a seguir. Tecnicamente a imagem está muito boa, mantém o formato original de tela (2.40:1) concebido pelos diretores, não tem o uso acentuado de filtros que podem diminuir a qualidade de detalhes, assim como apresenta a mesma fidelidade da coloração da fotografia do filme, que ora tem uma matiz de cores mais azulada, para as cenas noturnas e de interiores, ora com cores mais quentes, alaranjadas, para contrastar a luz do dia. O nível de detalhes está ótimo, com texturas visíveis e que agradam aos olhos. Para quem quer conhecer detalhes mais técnicos, a taxa de transferência média ("bitrate") da edição produzida por aqui tem 22066 kbps, praticamente com o mesmo gráfico de evolução da edição americana. A imagem com o filme ocupa 23.378.098.176 bytes dos 50gb disponíveis (praticamente o mesmo da edição americana, com 23.463.585.792 bytes), mas devo lembrar que há um extra também em alta definição mais longo que o filme que ocupa quase o mesmo espaço. O áudio é um exemplo de como distribuir os canais, principalmente para quem tem um equipamento suficiente para apreciar a totalidade dos recursos do formato, com 7.1 canais no idioma original. Bem balanceado, todos os efeitos, ambientações e uso da trilha estão impecáveis, dando realmente uma sensação de estar “dentro” do filme. A dublagem está também com trilha “lossless”, mas apenas com 5.1 canais, que, apesar de uma duvidosa escolha de elenco, não compromete e mantém o clima. Os menus estão em Português e são eficientes (há um pequeno “senão”: quando acionado o making of no menu pop-up, ao seu término não volta ao ponto que o filme estava. Mas não é um problema, pois o documentário é tão completo e longo que deve ser assistido após o filme). O material extra é excelente, mas fica uma ressalva: a edição americana tem, além do ótimo material disponível por aqui, uma trilha em PIP comparando os storyboards com as cenas finais, uma galeria de imagens e o BD-Live. O que não impacta mais dos que estão disponíveis, são menos relevantes. Enfim uma luz no fim do túnel: a Imagem Filmes lança um produto no mínimo decente, pra não dizer imperdível. Pelo menos para os fãs do gênero.