Por Eron Duarte Fagundes                            
                         
                        
                        
                         |  Data: 09/09/2010 
                        
                        					  
                            A atriz italiana Anna Magnani é um vulcão numa tela de cinema. Depois de ser esnobada por seu companheiro, o cineasta italiano Roberto Rossellini, que se encantara com os traços nórdicos da atriz sueca Ingrid Bergman, Anna viveu uma fase americana. A rosa tatuada (The rose tattoo; 1955), de Daniel Mann, é um filme que lhe rendeu um Oscar de melhor atriz; seu fabuloso talento se exibe na pele duma imigrante siciliana nos Estados Unidos que fica vÃuva de repente, descobre que seu marido tinha uma amante e está às voltas com a criação duma filha adolescente numa sociedade perigosamente moralista e machista como a América dos anos 50. 
               A rosa tatuada parte duma peça de Tennesee Williams (mesmo autor em que se baseou outro filme americano de Anna, Vidas em fuga, 1959, do americano Sidney Lumet). Coestrelando o filme, Burt Lancaster em seus começos interpreta um paquerador da viúva vivida por Anna. O problema  central de A rosa tatuada é sua textura pequeno-burguesa, sem energias ou invenção, desde o texto de Williams até a realização mecânica de Mann. O que torna o filme mais palatável é o brilho de seus dois intérpretes centrais. (Eron Fagundes)