| Data: 31/08/2010

Não consigo entender esta necessidade que o cinema americano tem que fazer remakes... o excelente terror espanhol Rec, virou Quarentena, o terror dramático suíço Deixe ela entrar vai virar Let me in, o suspense sueco Os homens que não amavam as mulheres irá virar The girl with the dragon tatoo e Morte no funeral, comédia ácida inglesa, se transformou Morte no funeral 2010. Aqui temos um problema maior ainda já que o original é inglês e não haveria necessidade de fazer um remake.

Aqui mudam-se os nomes, mas a história permanece a mesma. O filme gira em torno de da morte do patriarca de uma família onde o funeral é organizado por dois irmãos, Aaron (Chris Rock) que é casado com Michelle (Regina Hall) e Ryan (Martin Lawrence) um escritor de sucesso paquerador. Ocorre que além da família inteira vir ao funeral, Aaron que é o grande organizador da cerimônia depara-se com a chegada de Frank (Peter Dinklage - que interpretou o mesmo personagem na versão original) um anão que era amante do falecido! Além de lidar com a confusão, Aaron ainda tem que conseguir esconder este segredo do resto da família.

Este é um remake que vem com artilharia pesada, pelo menos no quesito elenco: Chris Rock, Martin Lawrence, Zoe Saldana, Keith David, Tracy Morgan, Luke Wilson, James Marsden e Danny Glover encabeçam o elenco. O problema é que, mesmo com tantos artistas famosos, eles não conseguem expor o humor inteligente do longa original. O filme original ainda tinha um plus - a direção de Frank Oz que sempre é sinônimo de bons filmes. Aqui a direção fica por conta de Neil La Bute, um diretor bom, mas que já errou muito e não consegue um resultado tão bom de seu elenco, que acaba desperdiçado. O roteirista Dean Craig, o mesmo do original, também não consegue uma transição tão positiva, onde este filme se torna mais uma comedia em milhares, não tendo um diferencial.

É então uma comedia mediana, que cai no pior pecado que um remake pode cometer: ser comum. Para quem gosta do elenco, vale a locação. (Viviana Ferreira)