Crítica sobre o filme "Rita Ribeiro: Tecnomacumba – A Tempo e ao Vivo":

Robson Candêo
Rita Ribeiro: Tecnomacumba – A Tempo e ao Vivo Por Robson Candêo
| Data: 15/02/2010
Rita Ribeiro já tem 20 anos de carreira com quatro álbuns e criou há 6 anos o estilo Tecnomacumba, resultado da fusão dos batuques dos terreiros com os beats eletrônicos. Ela já apresenta esse show há 6 anos, e em 2006 lançou o CD, lançando agora este DVD ao vivo.

O show foi gravado na casa de shows Vivo Rio - Rio de Janeiro. O palco tem uma produção com faixas feitas de jornal que vêm do teto até o chão. Rita entra com um vestido colorido e por cima uma capa também feita de jornal que ela tira logo após a primeira música. Ela canta muito bem, tem ótima voz, e dá gargalhadas que até assustam, como se estivesse recebendo uma entidade. Os músicos são do grupo Cavaleiros de Aruanda e são ótimos. Já as músicas mesclam MPB carregado com a influência afro e o som da guitarra com pedais fazendo a parte eletrônica.

O show começa com Rita cantando "Divino" ao som do próprio tambor, e em seguida ela começa com a banda fazendo uma introdução com referências à várias músicas diferentes. A próxima é a excelente "Moça Bonita", seguida por "Domingo 23" de Jorge Benjor. Destaque também para "Xangô, o Vencedor"; "Oração ao Tempo" - uma bonita canção de Caetano Veloso; a ótima "A Deusa dos Orixás" (que fez sucesso na voz da saudosa Clara Nunes); "Iansã" (de Caetano e Gilberto Gil) que contou com a presença no vocal de Maria Bethânia e o maestro Jaime Alen no violão; o sucesso de Dorival Caymmi - "Rainha do Mar"; a linda "É D´Oxum" e a clássica "Coisa da Antiga". O show finaliza com Rita e a banda cantando e tocando "Canto para Oxalá." em meio a uma roda de capoeira.