Crítica sobre o filme "Rômulo e Remo":

Eron Duarte Fagundes
Rômulo e Remo Por Eron Duarte Fagundes
| Data: 16/05/2009
O obscuro cineasta italiano Sergio Corbucci um dia decidiu filmar a lenda da fundação de Roma, a cidade italiana de todos os séculos, a cidade eterna. O título do filme de Corbucci: Rômulo e Remo (Romolo e Remo; 1961).

Posto numa época de efervescência criativa do cinema italiano (onde Federico Fellini, Michelangelo Antonioni e Luchino Visconti rodaram seus principais filmes), Corbucci se detém numa academicamente mofada imitação dos grandes espetáculos históricos à Hollywood, abrindo bastante a grandiloquência dos planos cinematográficos e embutindo dentro destes planos pretensiosos mas abatumados ações ridiculamente pífias de onde não escapam nem mesmo batalhas de encenação pueril e falsificados embates épicos. Rômulo e Remo não deixa de ser, em sua formulação geral, uma piada cinematográfica que se distrai numa sisudez a-medo; o mal filmado,o mal interpretado e uma disforme exposição da trama de lenda histórica fazem com que sobre bem pouca coisa para que a curiosidade arqueológica do observador possa ser exercitada. Talvez a simples curiosidade que pode levar alguém como eu a ver tudo o que já se fez em cinema. (Eron Fagundes)