Crítica sobre o filme "Pequena Sereia: A História de Ariel":

Viviana Ferreira
Pequena Sereia: A História de Ariel Por Viviana Ferreira
| Data: 25/11/2008
Normalmente as continuações dos filmes não são nem um pouco atrativas em função dos longas originais. Muda-se toda a equipe, e os roteiros acabam perdendo-se ao longo do caminho. Isso, felizmente, não ocorre em A Pequena Sereia: A História de Ariel, terceiro longa da saga que conta o início da história de uma das princesas mais queridas de toda a Disney. O longa se inicia mostrando a felicidade que reinava em Atlântida, em um casamento de amor verdadeiro entre o rei Tritão, e a rainha Athena. Tudo muda então quando Athena morre, e pelo fato de ela amar música verdadeiramente, o rei Tritão proíbe que haja musica no reino, já que ele ficaria lembrando dela sempre, e isto faria com que ele sofresse mais ainda por dentro. Os anos passam, as princesas crescem, o rei envelhece, e Atlântida torna-se um local muito triste. A governanta Marina Del Rey cuida das meninas, e sonha em ocupar o lugar do querido e atrapalhado Sebastião, ao lado do rei. É quando Ariel, a mais nova das princesas, ao conhecer aquele que seria seu melhor amigo, Linguado, descobre a música (na verdade a redescobre) e leva suas irmãs também a conhecer. A partir daí não há mais do que falar sobre a história, para não conta-la por inteiro.

O que posso dizer é que o filme é muito bem acabado, bravamente dirigido por Peggy Holmes, que nunca havia dirigido um longa de animação (na verdade ela é coreógrafa) mas que conseguiu captar a essência dos personagens de modo muito carismático e inteligente. A trilha incidental ficou por conta do adorável James Dooley, responsável pela trilha de Pushing Daisies, que tentou fazer algo original, que fosse bem diverso da trilha original de Alan Menken, claro, não se comparando ao brilhantismo da trilha de Alan, mas se esforçando para reagir de modo diverso. As canções ficaram em responsabilidade de Jeanine Tesori, compositora em ascensão, que, como na formula original, mistura canções melodiosas, com as batidas das canções latinas. Sobre as vozes, permanecem as adoráveis originais de Jodi Benson (como Ariel) , Sam Wirght (como Sebastião) e Jim Cummings (como Rei Tritão), ganhando reforço de Sally Field como Marina Del Rey e Tara Strong como Adella e Andrina, dentre outros artistas.

Enfim, é um bom filme, mais curto do que eu imaginava, e que consegue ser uma peça positiva dentro de toda a saga da sereia, nos transportando ao seu inicio, fazendo com que nós possamos entender a origem de Ariel. Totalmente recomendável para locação, e para quem quiser tê-lo em sua coleção.